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Exercícios de Cadeia Aberta e Fechada,seu treinador sabe a diferença?

Vamos falar sobre  exercícios de Cadeia Fechada e exercícios de Cadeia  Aberta. Tentarei expor aqui uma breve explanação do que vem a ser esses exercícios, pois é importante sendo acadêmico de Educação Física ou alguém interessado no assunto “Fitness”, ter uma noção do que venham a ser.

Antes, deixe-me explicar o porquê do termo “Cadeia”.  “Cadeia” aqui, se refere a cadeia cinética (referente a movimento) do corpo, que significa em linhas gerais que todos os seus ossos e músculos estão conectados numa “cadeia”, e então os movimentos que você faz, fazem parte também de uma cadeia cinética.

Exercícios CA: Durante esses tipos de exercícios, seus pés e mãos se encontram livre para se moverem, por exemplo, o Supino Reto. Esses tipos de movimentos isolam  um grupo muscular, ou uma articulação. O peso nesse tipo de exercício é colocado na parte distal (isto é, mais longe) do membro. Por exemplo, a única articulação envolvida no movimento de Leg Extension (a.k.a Extensora) é o joelho, e o único grupo muscular que ele envolve é o quadríceps. Exemplos de exercícios CA são: Supino Reto, Rosca Bíceps, Leg Extension (com ou sem pesos).

Exercícios CF: Durante esses exercícios, os pés ou as mãos encontram-se numa posição fixa, constante (normalmente no chão), por exemplo: Flexões de braço.

Exercícios CF trabalham várias articulações e vários grupos musculares de uma só vez. Quando o peso é adicionado ao exercício, normalmente ele fica atravessado nos ombros, ou no peito, que é considerado muito mais seguro do que na parte distal, como visto nos exercícios de CA. Temos como exemplo o Agachamento, que envolve as articulações do joelho, do quadril e do tornozelo, assim como vários grupos musculares como quadríceps, isquiotibiais, flexores do quadril, panturrilhas e glúteos. Exemplo de exercícios CF: flexões de braço, barra, agachamento e avanço.

Entendido? Agora você deve estar se perguntando: E o que eu vou fazer com isso que agora eu já sei o que significa cada um?

Vamos lá: De um modo geral, experts em condicionamento físico, terapeutas físicos e treinadores de atletas concordam que exercícios de Cadeia Fechada – o nosso CF – são melhores para você. Aqui estão alguns dos motivos:

  1. Exercícios de Cadeia Fechada – CF, imitam melhor as atividades do nosso dia-a-dia, o que significa que assim eles estarão melhorando o nosso condicionamento físico (fitness) funcional. São ótimos para atletas, também, pois nos esportes sabemos que os atletas executam de uma só vez movimentos que utilizam mais de uma articulação (multi-joint) e mais de um grupo muscular. Muito poucos movimentos no nosso dia-a-dia ou em atletismo isolam articulações ou músculos como acontece nos exercícios de Cadeia Aberta – CA
  2. Exercícios de Cadeia Fechada – CF trabalham vários músculos de uma só vez. Tem as vantagens que citamos acima, além de que você será mais beneficiado em menos tempo.
  3. Exercícios de Cadeia Fechada – CF são mais seguros para suas articulações – especialmente a articulação do seu joelho que é muito vulnerável a estresse e lesões. E por que é mais seguro?  Bem, as forças envolvidas no exercícios CF como agachamento e avanços são compressivas, isto é, esse tipo de força estabiliza a articulação e ajuda a fortalece-la. Já no caso dos exercícios CA (como extensora e flexora para as pernas), o tipo de força são forças que “cortam, arranham”, isto é, estressam a articulação do joelho ( e o LCA – Ligamento Cruzado Anterior), sendo mais comum a lesão no local.

O que isso tudo significa para você?

Se você sofre ou já sofreu de dores nas articulações, você deveria tentar evitar exercícios CA nessa articulação em particular. Logo, se seus joelhos não são bons, faça agachamentos e avanços (Exercícios CF). Se você lesionou o cotovelo, faça flexões (Exercício CF) ao invés de supinos, e por aí vai…

Em linhas gerais, a articulação do joelho é a mais vulnerável de todo o corpo. Então não seria tão mal limitar a quantidade de exercícios de CA que você faz para a parte inferior do seu corpo (MMII), especialmente aqueles com muito pesos. Vejam bem, vocês podem fazer ambos exercícios de CA e de CF mas, seria realmente interessante evitar a  realização de um exercício de CA para a parte inferior do corpo com muito peso, e sempre com pouco ou nenhum peso.

Tente variar, saúde em primeiro lugar!

Segundo o médico, Roberto tem essa lesão, abaixo um pouco sobre ela:

A pata de ganso é formada por três tendões que tem origem na tuberosidade isquiática e na sínfise púbica e se inserem na parte proximal na superfície medial da tíbia,.esses tendões são provenientes dos músculos:

-Sartório

-Grácil

-Semitendinoso

Esse complexo tem a função primária de flexionar o joelho e secundária de realizar a rotação medial, além disso protege a articulação contra o estresse em valgo e as forças rotatórias no joelho.

A bursa é uma bolsa com líquido sinovial que tem a função de diminuir o atrito entre os tendões e o osso, protegê-los e facilitar o deslizamento. No caso da bursa da pata de ganso ela está localizada entre a tíbia e os três tendões.

Fatores Predisponentes:

– Treinamento excessivo (overtraining);

– Gesto esportivo incorreto;

– Aumento súbito dos treinamentos e corridas em aclives;

– Pessoas com osteoartose e obesidade (a literatura é controversa, mas muitos acreditam nessa relação);

– Encurtamento dos isquiotibias;

– Lesão do menisco medial;

– Deformidade em valgo;

-Instabilidade medial.

Sinais e Sintomas:

– Dor ao subir e descer escadas na região medial do   joelho;

– Dor ao sair da posição sentada para em pé;

– Edema no local (inchaço);

– Dor a palpação da região;

– Dor para caminhar


Diagnóstico:

Uma boa anamnese é essencial para a hipótese diagnóstica.  Perguntar se o paciente pratica alguma atividade física e qual é, se houve mudanças no treino, se houve algum trauma direto e avaliar os fatores de risco.

Na maioria dos casos o problema é resolvido com o tratamento conservador com antiinflamatórios e fisioterapia. Nos casos mais severos ou aqueles em que a dor é persistente o afastamento da atividade física é necessário.

Na reabilitação deve-se inicialmente controlar o quadro inflamatório e álgico através da crioterapia e da eletrotermofoterapia. Orienta-se para o paciente realizar a crioterapia no mínimo 3 vezes ao dia durante 15 minutos e nos casos de edema associar o método PRICE (proteção, elevação, compressão e repouso).

Com a melhora da dor os exercícios devem ser iniciados visando principalmente o alongamento dos músculos posteriores da coxa, do quadríceps e do complexo adutor para minimizar o estresse sobre a bursa. Equilibrar as forças da cadeia anterior e posterior (quadríceps e isquiotbiais) fortalecendo ambos os grupos musculares é outro ponto fundamental para a reabilitação. Procurar enfatizar os exercícios de cadeia cinética fechada, pois estes trabalham em co-contração e simulam melhor o gesto esportivo. Numa fase mais tardia na qual o paciente não apresenta mais sintomas o retorno gradual ao esporte deve ser iniciado.

 

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